
Influenza: sintomas, prevenção e tratamento
A Influenza, popularmente conhecida como gripe, é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de elevada transmissibilidade. Ela é causada pelos vírus influenza, que se dividem em tipos A, B, C e D. Os tipos A e B são os que mais frequentemente causam epidemias sazonais em humanos.
A transmissão da influenza ocorre principalmente por meio de gotículas respiratórias liberadas por pessoas infectadas ao tossir, espirrar ou falar. Essas gotículas podem ser inaladas por pessoas próximas ou depositadas em superfícies, que ao serem tocadas e, posteriormente, as mãos levarem aos olhos, nariz ou boca, podem contaminar o indivíduo. A transmissão também pode ocorrer, embora com menor frequência, através do contato direto com secreções respiratórias.
O período de maior transmissibilidade geralmente ocorre desde um dia antes do início dos sintomas até 5 a 7 dias após, em adultos. Em crianças pequenas e pessoas com o sistema imunológico comprometido, esse período pode ser um pouco mais longo.
Os sintomas da Influenza (gripe) geralmente surgem de forma súbita e podem variar de intensidade. Os principais incluem:
- Febre alta: Frequentemente acima de 38°C.
- Tosse: Geralmente seca e persistente, podendo se intensificar e, em alguns casos, vir com expectoração.
- Dor de garganta: Sensação de irritação ou arranhado.
- Dores no corpo e articulações: Dor muscular intensa e nas juntas (mialgia).
- Dor de cabeça: Muitas vezes forte, podendo piorar com a luz forte.
- Fadiga e cansaço extremo: Mal-estar geral e prostração.
- Calafrios: Sensação de frio e tremores.
- Secreção nasal excessiva: Nariz escorrendo ou entupido, espirros.
- Falta de apetite.
Outros sintomas que podem estar presentes:
- Diarreia e vômito: Mais comuns em crianças.
- Rouquidão.
- Olhos avermelhados e lacrimejantes.
- Perda do olfato: Raramente permanente, mas pode ocorrer por alguns dias ou semanas.
É importante notar que a gripe, ao contrário do resfriado, costuma ter sintomas mais intensos e de início mais abrupto, podendo “derrubar” o paciente em poucas horas. Em alguns casos, especialmente em grupos de risco (crianças pequenas, idosos e pessoas com doenças crônicas), a gripe pode evoluir para complicações graves como pneumonia.
Se os sintomas forem intensos, persistirem por muitos dias, ou se surgirem sinais de alerta como dificuldade para respirar, falta de ar, dor ou pressão no peito, tontura repentina, confusão mental ou vômitos intensos, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente.
Para evitar a infecção pelo vírus influenza e proteger a si e aos outros, é fundamental adotar as seguintes medidas:
- Vacinação: A vacina contra a influenza é a medida mais eficaz para prevenir a doença ou atenuar seus sintomas. Ela é atualizada anualmente para abranger as cepas virais mais prováveis de circular na temporada.
- Higiene das mãos: Lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, ou utilize álcool em gel 70%, especialmente após tossir, espirrar ou ter contato com superfecies em ambientes públicos.
- Etiqueta respiratória: Ao tossir ou espirrar, cubra a boca e o nariz com um lenço de papel descartável ou com a parte interna do cotovelo. Descarte o lenço imediatamente.
- Evitar tocar o rosto: Evite tocar os olhos, nariz e boca com as mãos, pois essas são portas de entrada para o vírus.
- Distanciamento social (quando necessário): Em períodos de alta circulação do vírus, procure evitar aglomerações e mantenha uma distância segura de pessoas que apresentem sintomas respiratórios.
- Ventilação de ambientes: Mantenha os ambientes bem ventilados, abrindo janelas e portas sempre que possível.
- Evitar contato com pessoas doentes: Se possível, evite contato próximo com pessoas que estejam com sintomas de gripe.
- Hábitos saudáveis: Mantenha uma alimentação equilibrada, pratique atividades físicas regularmente e tenha boas noites de sono para fortalecer o sistema imunológico.
- Ficar em casa quando estiver doente: Se você apresentar sintomas de gripe, fique em casa para evitar a transmissão do vírus para outras pessoas e procure orientação médica.
Ao seguir essas recomendações, é possível reduzir significativamente o risco de contrair e transmitir o vírus da influenza, contribuindo para a saúde individual e coletiva.
O tratamento da Influenza (gripe) foca tanto no alívio dos sintomas quanto, em alguns casos específicos, no uso de medicamentos antivirais para combater o vírus. É importante ressaltar que antibióticos não são eficazes contra a gripe, pois ela é causada por vírus, e não por bactérias.
Para a maioria dos casos de gripe não complicada, o tratamento visa aliviar os sintomas e ajudar o corpo a se recuperar. As principais medidas incluem:
- Repouso: Essencial para que o sistema imunológico possa combater o vírus.
- Hidratação: Beber bastante líquidos (água, sucos, chás, sopas) é crucial para evitar a desidratação, especialmente em caso de febre.
- Medicamentos para alívio dos sintomas:
- Analgésicos e Antitérmicos: Paracetamol ou ibuprofeno podem ser usados para reduzir a febre, dores no corpo e dor de cabeça.
- Descongestionantes e Antihistamínicos: Podem aliviar o nariz escorrendo ou entupido e os espirros.
- Xaropes para tosse: Podem ser usados para aliviar a tosse, dependendo do tipo (seca ou com catarro).
- Lavagem nasal: Com soro fisiológico, ajuda a desobstruir as vias aéreas.
Em caso de suspeita de influenza, é importante consultar um clínico geral ou infectologista, que pode indicar o tratamento mais adequado para cada pessoa. Além disso, se houver sintomas graves é recomendado procurar uma emergência para avaliação.
Não ignore os sinais que seu corpo está dando, proteja-se e cuide de quem você ama.
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