
Como cuidar da saúde emocional e mental
Mais do que nunca, o bem-estar psicológico tem sido destaque em debates globais e nacionais, especialmente diante do aumento expressivo de casos relacionados a transtornos mentais.
Dados recentes, levantados pela Ipsos (Institut Public de Sondage d’Opinion Secteur – empresa multinacional de pesquisa e consultoria de mercado com sede em Paris, França), mostram que quase metade dos brasileiros estão se preocupando com esse aspecto. Se em 2018, 18% da população já se atentava ao assunto, em 2022 o percentual saltou para 49%.
O presente cenário reforça a importância de compreender a relação entre saúde emocional e mental, reconhecer os principais transtornos que podem afetá-las e adotar estratégias eficazes para fortalecê-las.
Transtornos mentais X saúde emocional
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde mental é o estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue lidar com os desafios do cotidiano, reconhecer suas capacidades, além de aprender e contribuir com a sua comunidade.
Por outro lado, os transtornos mentais abrangem condições que afetam negativamente pensamentos, percepções, emoções e comportamentos. Estima-se que cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo vivam com algum deles.
No Brasil, o Ministério da Saúde indica que ao menos 16 milhões de brasileiros convivem com a depressão, uma das condições mentais mais comuns e caracterizada principalmente pela tristeza excessiva e persistente. Outros transtornos incluem:
- Ansiedade: estado permanente de preocupação;
- Transtorno afetivo bipolar: oscilações extremas de humor, alternando entre episódios de mania e depressão;
- Síndrome do pânico: sentimento frequente de medo e pavor em determinadas situações físicas e sociais;
- Esquizofrenia e outras psicoses: alterações da percepção da realidade, podendo incluir alucinações e delírios;
- Demência: que impacta a memória, o raciocínio e a capacidade de realizar tarefas cotidianas, especialmente em idosos;
- Transtornos de desenvolvimento: incluindo condições como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que afeta habilidades sociais e comportamentais.
O diagnóstico e o tratamento das condições mentais devem ser sempre feitos em consultas com psiquiatra, o especialista em saúde mental. Junto às intervenções propostas, o suporte emocional pode ser complementado em atendimento com psicólogo, durante sessões de psicoterapia.
O manejo das emoções desempenha um papel muito importante, impactando diretamente no bem-estar mental, de acordo com um estudo publicado no periódico American Journal of Lifestyle Medicine. Quando elas não são gerenciadas adequadamente, podem levar ao estresse crônico, um dos principais fatores de risco para transtornos mentais.
Outros fatores que interferem na saúde da mente, conforme o Ministério da Saúde são:
- Má alimentação;
- Sedentarismo;
- Privação de sono;
- Relações interpessoais não saudáveis;
- Situações estressantesou inseguras;
- Dificuldades financeiras e desemprego.
Atenção especial em crianças e adolescentes
No caso da população mais nova, além dos fatores citados acima, soma-se outros aspectos que podem fazer parte dessa fase da vida e afetar as emoções: bullying, pressão escolar, uso de dispositivos eletrônicos, racismo, perda de pessoas queridas (luto) e conflitos familiares.
No cenário recente, a pandemia de COVID-19 e suas consequências sociais e econômicas também intensificaram os impactos no bem-estar mental, afetando a perspectiva de futuro para crianças e adolescentes.
Dados da Organização Pan-Americana de Saúde apontam que metade de todas as condições mentais começam por volta dos 14 anos e a maioria delas não é detectada e tratada.
Por isso, os números referentes ao suicídio entre jovens são altos. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), essa é a terceira principal causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos, refletindo a gravidade dessa questão.
Assim, é fundamental investir em ações de prevenção e suporte para fortalecer a saúde mental de jovens, como:
- Oferecer apoio emocional aos que demonstram sinais de sofrimento;
- Ouvir sem julgamentos, mostrando empatia e compreensão;
- Criar um ambiente seguro e acolhedor para discutir sentimentos dentro de casa, nas escolas e demais ambientes frequentados por eles;
- Buscar ou indicar ajuda profissional quando necessário – seja do psiquiatra, do psicólogo ou mesmo do Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo canal 188.
Como fortalecer a saúde mental e emocional
Sabe-se que o desenvolvimento de qualquer tipo de transtorno mental prejudica o rendimento no trabalho, as interações sociais e o bem-estar como um todo.
Preconceito, estigmas e desinformação.
Um dos principais desafios para o cuidado adequado com a saúde emocional é o preconceito (psicofobia) que ainda existe em torno desse tema – especialmente em relação aos transtornos mentais.
Por medo e vergonha, muitas pessoas acabam escondendo o que sentem e não procuram ajuda do psicólogo ou auxílio do psiquiatra – assim como de familiares e de amigos. Além disso, a falta de acesso à informação correta e o estigma do paciente diagnosticado também são grandes obstáculos.
Por essa razão, os esforços atuais de profissionais e entidades de saúde estão voltados para normalizar o debate saudável sobre o assunto em casa, nas escolas e demais pontos de interações sociais.
Campanhas como o Janeiro Branco, que tem como objetivo a conscientização da saúde mental e emocional, se fazem muito necessárias para chamar a atenção, construir uma cultura de acolhimento para pacientes com transtornos mentais e prevenir novos casos.
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Referência: https://drconsulta.com/conteudo/como-cuidar-da-saude-emocional-e-mental/
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